Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Após dois dias de reuniões em Los Cabos, no México, os ministros da Fazenda do G20 (grupo dos países mais ricos do mundo) anunciaram apoio às medidas adotadas pelos europeus para conter os impactos da crise econômica internacional. Eles recomendaram, porém, que é necessário reforçar essas ações para impedir a expansão da contaminação para as instituições financeiras. O mês de abril foi fixado como prazo para definição das decisões.
A posição do G20 foi anunciada em comunicado assinado por todos os participantes. O Brasil foi representado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. “No fim de março, os países da zona do euro [17, dos 27 que integram a União Europeia] farão uma avaliação sobre o reforço das suas instituições que promovem apoio financeiro”, diz o texto. “[O resultado dessa avaliação será] fundamental na decisão que o G20 tomará para canalizar maiores recursos para o Fundo Monetário Internacional (FMI)”, acrescenta o comunicado.
No próximo mês, os líderes dos países da zona do euro devem definir o reforço dos fundos de resgate e se buscarão mais ajuda do Fundo Europeu de Estabilização Financeira do Mecanismo Europeu de Estabilidade – que deverão atingir 750 bilhões de euros.
O FMI propôs o aumento para US$ 500 mil de sua capacidade de empréstimo. Mas a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, avisou que é possível rever esse valor, pois é necessário definir o repasse com os recursos do Fundo Europeu.
O secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner, disse que houve “importantes progressos” durante as discussões do G20, no México, ao estabelecer recomendações para os europeus receberem os empréstimos e evitar futuras crises. “Estamos assistindo a uma ampla convergência de estratégias de supervisão e transparência nos mercados de derivados”, disse ele.
O presidente do Banco Central Europeu, Mário Draghi, lembrou que a economia europeia começa a sinalizar o início da estabilização por meio de melhorias pontuais. “Alguns países devem registrar recessão moderada. Mas, para a maioria [dos países] da zona do euro, a situação parece estabilizar”, acrescentou.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto