Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Pelo terceiro mês consecutivo, os investimentos federais no acumulado de 2011 caíram em relação a 2010. Segundo números divulgados hoje (22) pelo Tesouro Nacional, os investimentos de janeiro a novembro somaram R$ 38,8 bilhões, queda de R$ 1 bilhão (2,7%) em relação aos 11 primeiros meses de 2010.
Apesar da redução, os investimentos federais (gastos com obras públicas e compra de máquinas e equipamentos) registraram leve recuperação em relação a outubro, quando a queda acumulada estava em 3,7%.
As despesas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no entanto, continuam maiores que em 2010. De acordo com o Tesouro, os gastos com as obras do PAC somaram R$ 22,8 bilhões de janeiro a novembro contra R$ 19,5 bilhões no mesmo período do ano passado, alta de 17,2%. Os gastos do PAC, no entanto, estão inflados pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, cujas despesas com subsídios para financiamentos habitacionais não são classificadas como investimentos.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia comentado o desempenho dos investimentos em 2011. Ele alegou que os investimentos foram poupados dos cortes no Orçamento e atribuiu a queda ao início do governo da presidenta Dilma Rousseff. “Não houve falta de recursos. Ocorreu uma recomposição dos ministérios, que é normal em início de governo, que pode ter se refletido em menor execução dos gastos”, destacou.
Em relação ao superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública) de R$ 4,6 bilhões em novembro, o ministro disse que o resultado é expressivo para o mês que, segundo ele, não costuma registrar esforços fiscais elevados. No entanto, a economia foi cerca de R$ 6 bilhões menor que os R$ 10,6 bilhões registrados em novembro de 2009, o melhor superávit nominal registrado para o mês.
Edição: Vinicius Doria