Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A greve geral em Portugal, organizada hoje (24) pelas principais centrais sindicais do país, gerou paralisações em praticamente todos os setores da sociedade. Houve incidentes envolvendo policiais e manifestantes em áreas próximas a instituições financeiras na região de Lisboa e Oeiras. Trabalhadores de indústrias e do setor de transportes fazem piquetes nas cidades de Sintra e Torres Novas.
A paralisação geral ganhou a adesão dos trabalhadores dos setores de transportes, de escolas, hospitais e centros de saúde, tribunais, autarquias e repartições públicas em geral. As centrais sindicais convocaram a greve em protesto às medidas de austeridade anunciadas pelo governo para atender às exigências da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Os trabalhadores temem cortes de salários e de benefícios, como o pagamento de bônus no final do ano. Também desconfiam da possibilidade de cortes no funcionalismo público. A Comissão Europeia avaliou hoje que as medidas de austeridade em Portugal são duras, mas necessárias.
O secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), Carvalho da Silva, que é a principal organização do país, informou que a adesão à greve é elevada e atinge as categorias de uma forma geral. “[A paralisação] mostra as grandes contradições na sociedade portuguesa.”
Silva disse que houve uso de coquetel molotov contra manifestantes. Também há informações de que grevistas impediram a circulação dos trens de metrô em uma das estações de Lisboa.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa // Edição: Juliana Andrade