Chávez avisa que está em plena recuperação e anuncia plano de combate à violência

18/11/2011 - 7h34

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em tratamento para combate ao câncer, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse ontem (17) à noite que está em “plena recuperação e pronto para o retorno completo” às atividades políticas. "Estou em plena recuperação, graças a Deus, à ciência e ao povo venezuelano", acrescentou. Chávez reconheceu que o combate à violência deve ser a prioridade do governo por representar o problema mais grave na sociedade venezuelana.

"Vamos todos à bela Praça Venezuela e a Diego Ibarra [cidade venezuelana], tornando as ruas mais seguras”, disse o presidente. Segundo ele, o governo conseguiu reduzir em 57% os índices de criminalidade na Venezuela, depois que houve melhora na situação econômica, mas a questão ainda é um problema.

O novo plano de combate à violência na Venezuela foi anunciado dias depois de Wilson Ramos, um dos ídolos do beisebol, que é o esporte nacional, ter sido libertado de um sequestro que chocou a população. O atleta foi sequestrado na porta de casa e levado para uma região montanhosa.

"Temos que reconhecer que [a insegurança] é um dos mais graves problemas que afetam não só a Venezuela, mas os povos do mundo", disse Chávez, acrescentando que nos próximos dias patrulhas policiais seguirão para várias cidades na tentativa de reduzir a criminalidade. "Temos que devolver a segurança e garantir a felicidade plena em cada rua da Venezuela."

Chávez disse ainda que a nova Guarda do Povo será "humanista e socialista" e contribuirá para reduzir os números da violência com foco no combate ao tráfico de drogas e porte ilícito. "Há que trabalhar na prevenção, na criação de uma nova cultura, a cultura da paz, da convivência, do amor entre nós. Essa é a cultura que Cristo veio pregar no mundo, a cultura socialista", disse.

A insegurança é tema frequente na sociedade venezuelana, sendo apontada por vários analistas como uma das principais preocupações dos cidadãos.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto