Prefeitura de São Paulo revoga interdição do Center Norte

06/10/2011 - 21h07

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A interdição do Shopping Center Norte foi revogada na noite de hoje (6) pela prefeitura da cidade de São Paulo. A decisão foi tomada com base no laudo da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) que constatou que o empreendimento atendeu as exigências do órgão para evitar o risco de acidentes. O centro comercial instalou dez drenos para evitar o acumulo de gás metano no subsolo, afastando o risco de explosões.

Na parte da tarde, o empreendimento foi vistoriado pelo prefeito Gilberto Kassab, que ficou satisfeito com as medidas adotadas pelo shopping para resolver o problema. “Eu cumprimento o shopping por trazer a segurança novamente para as pessoas que aqui trabalham, consomem e aqui têm o seu lazer”, disse.

O prefeito descartou que a população tenha convivido com o risco de explosão por causa do acúmulo de metano no subsolo do centro comercial. “Não vamos imaginar que existia uma ilegalidade há longo tempo, que o shopping estava convivendo com isso e havia risco de segurança para as pessoas”. Segundo ele, a emissão de gases em terrenos de antigos lixões, como o do shopping, ocorre depois de anos de decomposição do material.

A Cetesb também suspendeu a multa de R$ 17,4 mil por dia ao shopping a que estava submetido por descumprimento das medidas de segurança estabelecidas pela companhia. “A operação dos drenos gerou pressão negativa no interior de grande parte dos poços situados nas imediações deles, condição necessária para se prevenir a entrada do gás no interior do edifício”, informou o órgão por meio de nota.

Apesar de considerar atendidas as exigências em relação às “áreas mais críticas e emergenciais”, a Cetesb destacou a necessidade dos administradores do Center Norte analisarem a situação dos terrenos contíguos ao empreendimento, onde há uma loja de decoração e um hipermercado.

Um conjunto habitacional próximo ao shopping também apresenta acúmulo de metano no subsolo. Para contornar a situação, Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) informou hoje (6) que pretende instalar 20 drenos para extrair o gás. De acordo com Bruno Covas, a situação dos edifícios é menos grave porque o terreno não é tão impermeável quanto o do centro comercial.

 

Edição: Aécio Amado