Candidato da oposição venezuelana à Presidência do país visita o Brasil em busca de "solidariedade e compreensão"

06/10/2011 - 18h33

Luciene Cruz

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - Um dos líderes da oposição na Venezuela e candidato à Presidência da República Leopoldo López se reuniu hoje (6) com três ex-presidentes brasileiros: Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, e Fernando Collor de Melo e José Sarney, em Brasília. Ele também manifestou o desejo de se encontrar com a presidenta Dilma Rousseff antes das primárias que ocorre em fevereiro de 2012. O Brasil é o segundo país visitado pelo candidato, que esteve na semana passada no Paraguai. Nas próximos dias ele estará na Argentina e Colômbia.

López disse, em entrevista à imprensa, que as visitas aos países vizinhos buscam integração e “solidariedade” dos governos. “Assim como a Venezuela foi muito solidária na promoção da democracia e do respeito aos direitos humanos quando o Brasil, a Argentina e o Chile lutavam pela democracia, hoje nós buscamos solidariedade e a compreensão”, disse.

Nas próximas eleições, o candidato deve enfrentar o atual presidente venezuelano Hugo Chávez, que está no poder há 12 anos. Em entrevista à imprensa, López garantiu que pode eliminar a pobreza extrema de forma breve na Venezuela, citando como exemplo, o Brasil e México. “Temos referência do que tem sido feito no Brasil e no México, de como tirar de maneira rápida e eficaz milhares de famílias da situação atual. Teremos um governo de resultados breves. Não é horizonte de médio prazo, mas de prazos breves”, declarou.

López comemorou a recente decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que o reabilitou politicamente e o colocou em condições de concorrer à vaga presidencial no ano que vem. “Estamos plantando uma transição, uma mudança pela via democrática e não por outro caminho. Hoje, a oposição venezuelana está mais unidade que nunca”, disse.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos avaliou em setembro o direito de López de se inscrever como candidato, que havia sido declarado inapto em 2005.

 

Edição: Aécio Amado