Douglas Corrêa
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Um grupo de 50 bombeiros militares se reveza diariamente em um acampamento improvisado com barracas de campanha em frente às escadarias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), reivindicando melhores condições de trabalho e piso salarial líquido de R$ 2 mil.
Os bombeiros também defendem o fim das gratificações, que podem ser retiradas a qualquer momento e não incidem sobre o salário, no momento da reforma do militar. Além disso, os inativos, reformados, pensionistas e os afastados por licenças médicas não recebem a gratificação.
Segundo o governo do estado, hoje o valor do piso salarial de um bombeiro militar é R$ 1.935. Um dos líderes do movimento SOS Bombeiros, o cabo Adhemar Baltar, que está acampado nas escadarias da Alerj, diz que o governo incluiu nesse total, “o pagamento de R$ 100 de auxílio transporte e de R$ 350 de gratificação.”
Segundo ele, as duas vantagens podem ser retiradas a qualquer momento do contracheque pois não são consideradas salário real.
O cabo Baltar disse que os 22 mil bombeiros militares ativos e inativos de todo o estado vão se reunir em uma assembleia geral na próxima sexta-feira (23), no Clube dos Portuários, para definir os próximos passos do movimento.
A reivindicação dos bombeiros por melhores salários e condições de trabalho começou no dia 3 de junho, quando cerca de 2 mil militares invadiram o Quartel Central da corporação, no centro da capital fluminense. A ação resultou na prisão de 439 deles no dia seguinte, por tropas do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, para acabar com a ocupação do pátio do quartel.
Edição: Juliana Andrade