Da BBC Brasil
Brasília - O empresário norte-americano Steve Jobs, de 55 anos, cofundador da Apple e um dos mais respeitados nomes do mundo da tecnologia, anunciou ontem (24) que deixará o cargo de diretor executivo da empresa. Ele se tornará, no entanto, presidente do conselho da Apple. O sucessor no cargo será Tim Cook.
“Eu sempre disse que se um dia não pudesse mais desempenhar minhas funções e preencher as expectativas como CEO [diretor executivo] da Apple, eu seria o primeiro a informá-los. Infelizmente, esse dia chegou", disse Jobs em uma carta de despedida.
Em 2004, Jobs foi diagnosticado com câncer de pâncreas e, entre janeiro e junho de 2009, ficou oficialmente afastado da Apple por seis meses, quando se submeteu a um transplante de fígado. O executivo estava de licença médica desde 17 de janeiro deste ano.
Jobs foi um dos fundadores da Apple em 1976. Desde então, a fabricante de aparelhos eletrônicos tem se destacado pela inovação no concorrido mercado de tecnologia. "Eu acho que os dias mais brilhantes e inovadores da Apple ainda estão por vir. E espero conseguir assistir e contribuir para o seu sucesso em uma nova função", disse Jobs no comunicado.
"Eu fiz alguns dos melhores amigos da minha vida na Apple e agradeço a todos pelos muitos anos em que pude trabalhar junto", disse. Analistas avaliam que Jobs é a força criativa que levou a Apple a tornar-se uma das maiores empresas do mundo.
Para Art Levinson, integrante do conselho da companhia, "a visão e a liderança extraordinárias de Steve salvaram a Apple e a guiaram à sua posição de empresa de tecnologia mais valiosa e inovadora do mundo". "Steve ainda será capaz de prestar serviços da mesma forma que ele faria se fosse diretor executivo", disse Colin Gillis, da empresa BGC Financial.