Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Embaixada da Líbia no Brasil permanece hoje (23) com a bandeira da oposição hasteada. Porém, o chefe da representação líbia em Brasília, Salem Al Zubaidi, não compareceu nesta manhã ao local. Leal ao presidente da Líbia, Muammar Khadafi, o diplomata deixou ontem (22) a embaixada no começo da tarde, alegando que havia encerrando o expediente de trabalho.
O grupo de líbios que vive no Brasil abandonou a ocupação da embaixada em Brasília e manteve Sadik Jamel como único representante do grupo. Ontem os líbios, radicados no Brasil, cobraram o apoio do governo brasileiro à oposição no momento da transição política no país do Norte da África. Ontem cedo, o grupo entrou na Embaixada da Líbia em Brasília.
O porta-voz do Itamaraty, embaixador Tovar Nunes, informou ontem à Agência Brasil que o governo tem feito consultas a líderes árabes e africanos para tomar uma posição definitiva. Para o Brasil, é fundamental buscar uma solução pacífica e preservar os direitos humanos no país.
Hoje o clima na embaixada está tranquilo, diferentemente de sexta-feira passada (19), quando manifestantes líbios pró e contra Khadafi se desentenderam e trocaram socos e chutes na frente da representação diplomática.
Segundo informações de agências de notícias internacionais e organizações não governamentais, os rebeldes líbios tentam tomar o controle da capital Trípoli, mas ainda enfrentam resistência de tropas leais a Khadafi. O quartel-general e o complexo residencial do líder líbio foram cercados. Não há informações sobre o paradeiro dele.
Mas Seif Al Islam, filho e sucessor político de Khadafi, garante que o pai e toda a família estão em Trípoli. Os ataques na região se intensificaram desde o começo desta manhã.
Edição: Juliana Andrade
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