Da Agência Lusa
Brasília - O presidente sírio, Bashar Al Assad, disse hoje (21) que haverá “consequências” para os países que tentarem intervir nos assuntos internos da Síria. Bashar Assad deu uma entrevista ao canal de televisão estatal. Esta foi a quarta aparição pública do presidente sírio desde a revolta de março contra o regime ditatorial vigente no país há 40 anos.
Na entrevista, Al Assad disse que a situação na Síria “pode parecer perigosa”, mas que é “capaz de lidar com ela”. O líder classificou como “inúteis” os apelos do Ocidente para que abandonasse o poder. “Ao abstermo-nos de reagir, estamos dizendo a eles [líderes ocidentais] que as suas propostas são inúteis”.
Segundo Al Assad, “tais propostas não devem ser tidas em conta por um presidente que foi escolhido pelo povo sírio e que não foi ali colocado pelo Ocidente, um presidente que não foi fabricado nos Estados Unidos”.
Bachar Al Assad governa desde 2000, quando sucedeu o próprio pai no comando do país, e foi reeleito, como candidato único, para um mandato de sete anos em 2007. Segundo organizações de defesa dos direitos humanos, a repressão das forças de segurança sírias às manifestações populares contra o regime já deixou cerca de 2 mil mortos.