Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), admitiu que não conseguirá reunir as 27 assinaturas necessárias para instalar uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) destinada a investigar as denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes. Após conversar com a secretária-geral da Mesa Diretora, Cláudia Lyra, o senador confirmou que o requerimento da CPI será arquivado no início da sessão por não contar com o apoio de, pelo menos, 27 senadores, como prevê o Regimento Interno da Casa.
Com isso, Álvaro Dias terá que começar do zero a coleta de assinaturas para tentar abrir a CPI. “Nós teremos que buscar novas assinaturas em um novo requerimento, mas não há dificuldade nisso. Quem deseja manter sua assinatura vai colocar novamente, só que em um papel novo”, disse o líder tucano.
No início da tarde, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que tinha retirado a assinatura dele do requerimento, reavaliou a decisão e foi à Secretaria-Geral do Senado, junto com o líder do partido, para assinar novamente o documento. Oliveira disse que rompeu um acordo firmado com o titular do mandato que ocupa, João Ribeiro (PR-TO), para “seguir a consciência”. Ele negou, entretanto, que tenha sido pressionado por Ribeiro e pelo PR do Tocantins para retirar a assinatura.
A atitude do senador suplente em nada mudou o cenário da manhã. Quase ao mesmo tempo em que Ataídes reassinava o pedido de CPI, o senador Reditario Cassol (PP-RO) solicitava à Mesa Diretora a retirada da assinatura dele. Com isso, a oposição permanece com 25 apoios para a abertura da CPI dos Transportes.
Edição: Vinicius Doria