Governo do Rio quer ampliar Teleférico do Alemão que será inaugurado amanhã

06/07/2011 - 21h09

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Teleférico do Alemão, uma das mais aguardadas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Rio, será inaugurado amanhã (7), já com a possibilidade de ser ampliado em dois ramais, ligando a Igreja da Penha e as proximidades do Estádio João Havelange, conhecido como Engenhão. A inauguração está marcada para as 11h30 e terá a presença da presidenta Dilma Rousseff. O novo sistema permitirá o transporte de até 30 mil pessoas por dia.

A novidade foi divulgada hoje (6) pelo vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que entrega amanhã à presidenta Dilma os estudos para a extensão do sistema. “Eu quero levar o teleférico lá para a Igreja da Penha e também para os lados do Engenhão, próximo ao shopping center [Nova América, onde há estação de metrô]”, disse Pezão.

Serão seis estações, que terão diferentes equipamentos sociais, como biblioteca, auditório, banco, postos do INSS, do Detran e dos Correios. O teleférico terá 152 gôndolas, com capacidade para dez passageiros. Os moradores do Complexo do Alemão terão duas passagens gratuitas por dia. Os demais, pagarão R$ 1 para viajar. A operação será feita pela empresa de trens Supervia, que designou 50 funcionários para atender o sistema no início, chegando a 200 trabalhadores dentro de quatro meses, quando o teleférico estará funcionando no horário pleno, das 6h às 23h.

Pezão disse que mais de 90% das obras do PAC das Favelas no estado estão concluídas. Segundo o Ministério das Cidades, foram repassados para a primeira fase do PAC no estado do Rio R$ 3 bilhões, com mais R$ 862 milhões em projetos já selecionados na segunda fase do programa (PAC 2).

O custo total do Teleférico do Alemão foi R$ 210 milhões. O funcionamento do novo meio de transporte se tornou possível com o processo de ocupação do complexo de favelas pelas forças policiais estaduais e federais e a expulsão dos criminosos que há décadas dominavam a região, que já foi considerada uma das mais violentas da cidade. O vice-governador do Rio admitiu que o sistema terá de ser subsidiado, mas disse que espera obter renda com o fluxo de turistas no futuro.
 

 

Edição: Rivadavia Severo