Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, disse hoje (8), em seu discurso de despedida, no Palácio do Planalto, que pediu demissão do cargo porque as atividades que ele exercia no governo se tornaram incompatíveis com o momento político atual. “Ficar no governo com o embate político não permitiria que eu desempenhasse minhas atividades na Casa Civil. Se eu vim para ajudar a promover o diálogo, saio agora para ajudar a preservá-lo”, afirmou Palocci.
O senador explicou ainda porque resolveu sair do cargo após receber o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo arquivamento do pedido de investigação das atividades da empresa de consultoria dele. Apesar de a PGR não ter encontrado indícios de ilegalidades, ele reconheceu que a permanência no governo se tornou insustentável políticamente. “O mundo jurídico não trabalha no mesmo diapasão do mundo político".
Ao passar o cargo para a nova ministra, Gleisi Hoffmann, Palocci elogiou a escolha da presidenta Dilma Rousseff e lembrou que a senadora foi a primeira mulher em 30 anos a assumir um cargo de direção na Itaipu Binacional, que administra a Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná.
Palocci também agradeceu aos colegas de partido e da base aliada no Congresso Nacional e procurou isentá-los de culpa pelas pressões que vinha recebendo para sair do cargo. “Divido com vocês as vitórias que tivemos e assumo a responsabilidade pelas nossas dificuldades”, afirmou o ex-ministro.
Edição: Vinicius Doria