Renata Giraldi e Paula Laboissière
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O Escritório de Investigação e Análises da França (cuja sigla em francês é BEA) divulgou hoje (27) o relatório parcial sobre as circunstâncias em que ocorreu o acidente com o avião da Air France, no dia 31 de maio de 2009, quando morreram as 228 pessoas. Pelo relatório, há indicações de que o avião caiu, na costa do Brasil, em alta velocidade, de uma altura de 38 mil pés (o equivalente a 11.582 metros). A queda durou três minutos e 30 segundos.
Segundo o relatório, disponível no site do BEA, as turbinas da aeronave estavam funcionando normalmente e respondendo aos comandos da tripulação. O texto informa ainda que os dois copilotos estavam na cabine e o comandante, em repouso. O capitão retornou para a cabine, depois que foi suspenso o sistema de piloto automático.
Há, ainda, sinais de desencontros de informações entre as orientações de procedimentos de cabine e o sistema de instrumentos (Isis). Porém, no comunicado, o BEA não dá indicações de falhas por parte dos pilotos. As referências são de que por volta das 2h08 os copilotos relataram turbulência na área onde estavam e necessidade de virar mais à esquerda. O alerta soou duas vezes. Também foi comunicada perda de velocidade da aeronave.
O relatório informa ainda que a tripulação – formada 12 pessoas, entre comissários, piloto e copilotos, – seguiu os procedimentos adequados, assim como a aeronave apresentava peso e equilíbrios corretos. O documento foi analisado a partir da análise das caixas-pretas encontradas no começo deste mês.
No relatório, o BEA inclui parte de alguns diálogos da tripulação na cabine. O documento final sobre as investigações é esperado para o final de julho. No último dia 24, as autoridades francesas informaram às famílias das vítimas que 29 corpos foram resgatados desde o reinício das operações de resgate, em 21 de maio. Em um primeiro momento apenas 50 corpos tinham sido resgatados.
Edição: Juliana Andrade