Oposição no Senado tenta aprovar requerimento para convocar Palocci

24/05/2011 - 14h39

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Senadores da oposição no Senado tentam aprovar na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumido, Fiscalização e Controle requerimento de convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.

O requerimento foi apresentado pela líder do P-SOL na Casa, Marinor Brito (PA), e subscrito por senadores do PSDB, DEM e PPS. No entanto, a base de apoio do governo tem maioria na comissão.

Marinor afirmou que o Palocci precisa dar explicares sobre sua evolução patrimonial durante os quatro anos em que foi deputado federal. "São claros os indícios de que as regras do que é ético e do que é antiético foram quebradas pelo coordenador de campanha da presidenta Dilma", disse a senadora paraense.

"A recusa em declarar quem foram os tomadores dos seu serviços beira à hipocrisia", acrescentou Marinor. Já o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), ressaltou que o Legislativo não pode se omitir de apurar eventuais irregularidades do Executivo. "Não há como o Congresso Nacional se omitir diante de fatos tão palpáveis e que configuram improbidade administrativa. Blindar o ministro é prevaricação da Presidência da República", disse o tucano.

O líder do PT, Humberto Costa (PE), disse que não há provas materiais de que Palocci tenha cometido qualquer irregularidade. "Antes mesmo de se esgotar o prazo de o ministro responder [ao procurador-geral da República] a oposição quer convocá-lo. O que está por trás dessa manobra da oposição não é encontrar a verdade, mas propor o contraditório entre governo e oposição", argumentou o líder petista.

"Estamos vivendo, neste momento, uma situação peculiar e importante. Entendemos que o nosso principal compromisso é com a verdade, o respeito com os que são acusados que mesmo antes de fazer sua defesa são condenados. As questão que estão colocadas são suposições, ilações e dúvidas. Provas formais daquilo que está acontecendo não foram apresentadas", acrescentou Costa.

Edição: Talita Cavalcante