Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho da União Europeia (UE) intensificou hoje (23) sanções ao Irã devido ao desenvolvimento do programa nuclear. O país é suspeito de fabricação de armas, embora as autoridades iranianas neguem a acusação. Pela decisão definida nesta manhã, mais empresas e pessoas, ligadas ao governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, terão os bens congelados.
As informações são da União Europeia. De acordo com a decisão dos europeus, a lista atinge mais de cem empresas, entre elas o Banco de Comércio Euro-Iraniano (EIHB), com sede na Alemanha, e mais cinco autoridades ligadas a Ahmadinejad. A decisão foi aprovada pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 países que integram o bloco da União Europeia.
A chefe da Diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, disse que foi “decepcionante” a última resposta enviada pelo governo Ahmadinejad sobre um eventual acordo para a troca de combustível.
Em 17 maio de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos mediadores de um acordo para a troca de urânio do Irã com a Turquia. O objetivo era usar o acordo para minimizar as suspeitas contra o programa nuclear desenvolvido pelos iranianos. Mas a proposta foi rejeitada pela maior parte da comunidade internacional.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas, a União Europeia e vários países unilateralmente aprovaram restrições econômicas, financeiras e comerciais ao Irã, no ano passado. O governo Ahmadinejad nega todas as acusações de irregularidades envolvendo o programa nuclear iraniano.
Edição: Talita Cavalcante