Da BBC Brasil
Brasília - A milícia extremista afegã Talibã negou hoje (23) que seu líder, mulá Mohammed Omar, tenha sido morto no vizinho Paquistão.
Reportagens e boletins de rádio locais divulgaram que Omar foi morto ao ser transferido pelos serviços de inteligência paquistaneses para a região do Waziristão do Norte.
Um porta-voz do grupo militante, Zabihullah Mujahid, negou as informações e disse que Omar continua vivo e na liderança dos insurgentes no Afeganistão.
O líder do talibã, milícia deposta no Afeganistão pela invasão norte-americana em 2003, faz raríssimas aparições. Ele não tem sido visto em público nos últimos anos e acredita-se que esteja escondido no Paquistão.
Após a morte do líder da rede Al Qaeda, Osama Bin Laden, também no Paquistão, a milícia disse que tem "novo ímpeto" para conduzir a chamada Jihad, ou Guerra Santa, contra os "invasores" do país.
O movimento disse que Bin Laden é um "mártir" e que que sua morte levará "centenas (de outras pessoas) ao martírio e sacrifício".
As forças da coalizão internacional no Afeganistão são lideradas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
No mês passado, o Talibã anunciou o começo de uma ofensiva contra forças afegãs e estrangeiras, um anúncio feito logo após um atentado suicida contra o Ministério da Defesa.
A Otan diz que está obtendo progressos contra os insurgentes, mas o Talibã ainda consegue atacar alvos do governo mesmo em locais bem vigiados.