Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Comando Militar do Leste inicia amanhã (13) a troca da tropa da Força de Pacificação que atua no complexo de favelas da Penha e do Alemão. A solenidade que marca a passagem de comando, no entanto, está marcada para hoje (12). A cerimônia será presidida pelo comandante militar do Leste, general de exército Adriano Pereira Junior, e deverá contar com a presença do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame.
Na ocasião, a 11ª Brigada de Infantaria Leve (GLO), composta por 1,7 mil a 1,8 mil homens, vai assumir a coordenação das ações de preservação da ordem pública na região, em substituição ao Grupamento de Unidades Escola - 9ª Brigada de Infantaria Motorizada.
O general de brigada Carlos Mauricio Barroso Sarmento substituirá o também general de brigada César Leme Justo, que até então comanda o grupamento responsável pelo policiamento ostensivo no complexo de favelas da zona norte do Rio.
Ontem (11) o comandante militar do Leste inspecionou a tropa da 11ª Brigada de Infantaria Leve, no Campo de Instrução de Gericinó, ao lado do Centro Nacional de Tiro Desportivo.
Esta é a terceira troca de tropas no Complexo do Alemão, que inicialmente contou com o apoio da Brigada de Infantaria Paraquedista na operação de ocupação das favelas da região.
O general de exército Adriano Pereira Junior lembrou que, com o revezamento, a ideia é evitar o esgotamento dos militares que fazem o patrulhamento da região até que o governo do estado instale unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na região, o que está previsto para agosto.
“Há ainda o fato de, que permanecendo por mais tempo no Alemão, as tropas que lá estão não teriam tempo suficiente para realizar os treinamentos de aperfeiçoamentos necessários para a realização de outras atividades, como a defesa das fronteiras do país”.
Ele explicou que a substituição se dará “de forma gradativa a partir da próxima sexta-feira e será encerrada no domingo [15], de modo que os militares possam se adaptar ao ambiente complexo de ruas e vielas das favelas da região.”
O Exército está na Penha e no Alemão há cinco meses, desde o final do ano passado, quando o complexo foi ocupado.