Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A produção de grãos no país este ano deverá ser 6% maior do que a safra de 2010, conforme estimativa divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa de abril do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) aponta uma safra de 158,7 milhões de toneladas, ante a safra recorde obtida em 2010, de 149,7 milhões de toneladas.
Na estimativa de abril, a área a ser colhida em 2011 – 48,6 milhões de hectares – registra acréscimo de 4,3% em relação à de abril do ano passado. As três principais culturas do país continuam sendo o arroz, o milho e a soja, que juntas respondem por 82,5% da área a ser colhida.
De acordo com o levantamento do quarto mês do ano, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas será maior na Região Sul (66 milhões de toneladas), seguida pelo Centro-Oeste (57 milhões de toneladas), Sudeste (16,4 milhões de toneladas), Nordeste (15 milhões de toneladas) e Norte (4,3 milhões de toneladas). Ainda na comparação com abril de 2010, o Paraná mantem a liderança na produção nacional de grãos, com uma participação de 20,6%. Depois vem Mato Grosso, com 19,9%, e Rio Grande do Sul, com 17%.
Dos 25 produtos analisados, 15 apresentaram variação positiva em relação ao mesmo período do ano passado. As maiores altas foram registradas nas culturas do algodão herbáceo em caroço (69,5%), amendoim em casca primeira safra (7,8%), arroz em casca (18,4%), batata-inglesa primeira safra (13,3%), batata-inglesa segunda safra (13,4%) e cacau em amêndoa (4,4%).
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também divulgou hoje, em Brasília, uma estimativa para a safra de grãos. Segundo a estatal, o Brasil deve colher 159,5 milhões de toneladas na safra 2010/2011. O levantamento indica que o recorde obtido na safra passada, de 149,2 milhões de toneladas, deve ser superado em 6,9%.
A diferença entre os dados divulgados pelo IBGE e pela Conab se deve aos períodos avaliados. O instituto analisa a colheita de janeiro a dezembro, enquanto a Conab se baseia no ano-safra, que vai de agosto a julho.
Edição: Juliana Andrade