Da Agência Brasil
Brasília – Principal canal de ligação entre artesãos sem espaço para expor seus trabalhos e grandes vendedores de artesanato que não conseguem chegar até eles, a 5ª Feira Internacional de Negócios do Artesanato (Finnar) estará aberta até o dia 24. Durante o evento, é promovido um dia inteiro de rodada de negócios, quando vários comerciantes compram os produtos e conseguem o contato dos artesãos.
Segundo o organizador do evento, Charlton Gallisa, o contato direto ajudou, em edições passadas da feita, muitos artesãos a conquistar a independência, a ponto de não mais precisarem participar do evento. “Uma vez, a comunidade Kalunga foi chamada para expor na Finnar, e umas senhoras americanas compraram os produtos expostos por artesãos da comunidade. Eles nunca mais vieram expor, pois passaram a exportar para os Estados Unidos e não precisaram mais do espaço”, disse Gallisa.
Para ele, o mais importante no evento é esse contato direto entre o comerciante e o artesão.
Na edição deste ano, o público pode conhecer a coleção particular do embaixador do Egito, Ahmed Hassan Ibrahim Darwish, que quis dar sua contribuição ao evento. Sua intenção é que os brasileiros conheçam o artesanato e a cultura egípcia. Uma das peças expostas por Darwish é uma réplica perfeita do busto do faraó Tutancâmon.
A artesã Anísia Lima de Souza, do município de Turmalina, em Minas Gerais, está expondo pela primeira vez no evento. “Espero vender muito durante a feira, além de conseguir exportadores e clientes que continuem comprando do nosso artesanato”, conta Anísia.
Para este ano, o evento espera a visita de cerca de 80 mil pessoas. A Finnar mostra o artesanato de 22 estados brasileiros e de mais de 25 países. Além disso, promove oficinas de artesanato, teatros e desfiles. A feira foi aberta ontem (15), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e é aberta ao público, com entrada gratuita.
Edição: Lana Cristina