Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – As informações do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o envolvimento da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) em esquemas de corrupção serão compartilhadas com o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, que também investiga as responsabilidades da parlamentar. Jaqueline foi flagrada em um vídeo recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. Ela alegou que se tratava de caixa dois de campanha. O pedido para compartilhamento das provas foi feito pelo Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel.
"O vídeo contém gravação clandestina, realizada por um dos interlocutores – Durval Barbosa –, inexistindo obrigação de guardar segredo, por não conter dados da intimidade da investigada. Assim, ausente causa legal ou constitucional de sigilo, defiro o pedido”, afirmou, em seu parecer, o ministro Joaquim Barbosa, relator do caso.
A divulgação da decisão, tomada na semana passada, ocorreu um dia antes da reunião agendada com o relator do processo de cassação da Câmara, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), com Barbosa. A reunião foi solicitada antes da autorização para o acesso ao inquérito que tramita no STF.
Edição: Rivadavia Severo