Cerimônias religiosas lembram vítimas de tragédia em escola de Realengo

13/04/2011 - 12h07


Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Uma missa, seguida de um culto ecumênico, foi celebrada na manhã de hoje (13) em frente à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da cidade do Rio. As celebrações religiosas serviram para homenagear as vítimas da tragédia ocorrida no colégio, no último dia 7.

Por causa das cerimônias, alunos, ex-alunos e parentes das vítimas do atentado lotaram as ruas nos arredores da escola. Mãe do menino Rafael, assassinado no ataque, Kátia Maria da Silva Pinto, de 34 anos, não conseguia conter as lágrimas.

“A gente acha sempre que as coisas ruins vão acontecer nas ruas, no caminho para a escola, mas nunca dentro da escola. Isso mostra como nossas escolas são inseguras. Sinto uma dor enorme, de perder uma parte de mim”, disse.

A missa durou cerca de uma hora. Às 10h, começaram a falar lideranças de diversas religiões, como a evangélica, o islamismo, judaísmo e afro-brasileiras, entre outras. O governador do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito carioca, Eduardo Paes, não compareceram ao evento.

No meio da cerimônia, o sargento da Polícia Militar Marcio Alves, que baleou o atirador Wellington de Oliveira e interrompeu o massacre, foi aplaudido e saudado como herói. A secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin, disse que o massacre em Realengo não pode tirar a motivação das pessoas para buscar um futuro. “Um futuro em que não haja pessoas que agridam crianças ou adultos. Um futuro de paz e de tolerância”, disse.

Na última quinta-feira (7) o atirador Wellington de Oliveira entrou na Escola Tasso da Silveira e atirou em alunos, matando 12 crianças e adolescentes e ferindo 12 estudantes. Seis sobreviventes continuam internados em hospitais da cidade.

Edição: Juliana Andrade