Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Paraguai amanheceu hoje (24) com manifestações que ocuparam as principais avenidas e ruas de Assunção, a capital paraguaia, mas cada uma motivada por reivindicações distintas. Os protestos reuniram motoristas de táxi, que reclamam da inspeção veicular obrigatória; importadores de veículos, que querem um projeto de lei que fixe em dez anos o prazo para circulação de carros usados; e trabalhadores rurais, que protestam por reforma agrária.
O governo do presidente paraguaio, Fernando Lugo, prometeu respostas aos manifestantes. As informações são da agência pública de notícias do Paraguai, a Ipparaguay. A manifestação dos trabalhadores rurais faz parte da 18ª Marcha da Federação Nacional Camponesa. A marcha reuniu representantes de várias entidades ligadas à federação.
O líder da Federação Nacional Camponesa (FNC), Odilon Espínola, cobrou das autoridades paraguaias o cumprimento dos compromissos para a reforma agrária e assistência de saúde aos trabalhadores rurais no país. Com faixas e cartazes, os manifestantes fizeram uma passeata e um protesto.
Segundo Espínola, há no Paraguai cerca de 350 mil trabalhadores rurais à espera de terras. De acordo com ele, reivindicações feitas no passado são as mesmas do momento. O líder informou que os protestos vão se intensificar nos próximos dias, com o fechamento de estradas na tentativa de obter ações concretas do governo.
Já os taxistas fizeram uma carreata que se concentrou em frente ao Congresso Nacional paraguaio. Antes, porém, as principais ruas da cidades foram interditadas pelos motoristas, bem como os principais acessos à capital, criando problemas no trânsito. Eles reclamam da obrigatoriedade da inspeção veicular.
E os importadores de veículos se manifestaram contra a redução do prazo de dez para cinco anos para autorização da circulação de carros usados.
Edição: Lana Cristina