Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Mesmo morando a uma hora de trem de Tóquio, a família de Hiroshi Ohta sentiu os efeitos do terremoto que abalou a costa nordeste do Japão na madrugada desta sexta-feira (11), horário de Brasília.
Em e-mail enviado à tia que reside no Brasil, a jornalista Noriko Ohta, Hiroshi relatou ter sentido o tremor em casa. “Sentimos o tremor aqui, creio que 6 graus pela escala japonesa; mas, o epicentro teve 8.8 graus pela mesma escala”.
Ele explicou que quando acontece algum terremoto no país, os trens param e as linhas telefônicas, tanto fixa como móvel, são bloqueadas para permitir que sejam feitas chamadas de emergência. “Senão, o povo fica pendurado batendo papo sobre o assunto e quem estiver preso em escombros ou carros atingidos, ou mesmo ferido e precisando de ajuda, ambulância etc. ficaria sem atendimento por causa do congestionamento das linhas telefônicas”.
A filha de Hiroshi, também chamada Noriko, não teve como voltar para casa por causa da paralisação dos trens. Ela permaneceu em companhia de uma amiga que mora no alojamento do hospital onde trabalha, na cidade de Hadano, no mesmo estado.
Segundo o relato de Hiroshi Ohta, ele e a mulher, Mônica, protegeram-se embaixo da mesa de jantar durante o tremor. “[A mesa] é resistente e tem os pés de ferro”. O filho Toshio estava trabalhando e, quando pôde, veio ver como os pais estavam. Algumas coisas que a família tinha colocado em cima da estante e na mesa do computador caíram ao chão durante o abalo.
Hiroshi ressaltou o fato de o Japão estar preparado para enfrentar eventos como esse, tanto no que se relaciona ao resgate de pessoas, quanto ao atendimento de emergências, o que não ocorre, muitas vezes, em outras nações.
Edição: Aécio Amado