Presidente da Câmara pede informações ao MP sobre denúncias contra Jaqueline Roriz

09/03/2011 - 20h12

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), pediu hoje (9) informações ao Ministério Público sobre as investigações que estão sendo feitas para apurar as denúncias envolvendo a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). “Queremos ter clareza sobre as investigações que o Ministério Público está fazendo. Queremos ter mais informações sobre o caso”.

De acordo com Marco Maia, essas informações são importantes para fornecer mais subsídios ao corregedor da Câmara. “Nossa intenção é instruir melhor o corregedor sobre as denúncias e investigações que tem sido feitas em relação à conduta e atuação da deputada Jaqueline. Nós queremos que o processo seja mais bem instruído para que tanto a corregedoria como um possível processo no Conselho de Ética tenham um tratamento mais adequado”, disse.

Em relação às imagens mostrando a deputada Jaqueline Roriz recebendo dinheiro de Durval Barbosa, operador e delator do esquema de propina no governo de José Roberto Arruda, no Distrito Federal, Marco Maia disse que as imagens são fortes, mas que ainda não tem informações sobre a veracidade das fitas e sobre as condições em que se deram as gravações. “As imagens a que assistimos são fortes e dão conta de uma situação ruim, onde aparece uma figura pública recebendo dinheiro de forma até ali ilícita”.

Sobre a saída da deputada da Comissão de Reforma Política, Maia disse que foi uma atitude adequada, e que, agora, ela terá que se dedicar à sua defesa, dar explicações para a sociedade e à Câmara. “Portanto nada mais adequado que ela se afaste de outras atribuições que ela tem na Casa neste momento”.

O presidente da Câmara também informou que já pediu aos partidos a indicação dos deputados que vão compor o Conselho de Ética da Câmara para o biênio 2011/2012. Segundo ele, na quarta-feira (16) da próxima semana o conselho será instalado e eleito o seu presidente.

Peguntado sobre uma jurisprudência já firmada no Conselho de Ética de que fatos anteriores à eleição do parlamentar sejam arquivados, Marco Maia disse que essa é uma discussão a ser feita pelos novos integrantes do conselho. “Vamos ajudar o conselho a rever o seu regimento permitindo que haja situação de maior agilidade”. Ele também citou que caberá ao novo Conselho de Ética discutir os critérios adotados até agora na análise de casos anteriores ao mandato parlamentar.

 

Edição: Aécio Amado