Da Agência Lusa
Brasília – O número de candidatos ao Prêmio Nobel da Paz 2011 bateu recorde, informou hoje (1º) o presidente do Instituto Nobel, Geir Lundestad. No total, são 241 indicações de pessoas e 53 de organizações. Os candidatos vão desde personalidades que participaram das manifestações no Norte da África e no Oriente Médio ao WikiLeaks e o comando da União Europeia. No prêmio do ano passado, houve 237 candidatos.
Em outubro, ocorrerá a escolha, mas a premiação será entregue apenas em 10 de dezembro - data da morte do criador do Prêmio Nobel da Paz, o sueco Alfred Nobel, que inventou a dinamite. Em 2010, o Comitê Nobel, formado por cinco membros, premiou o dissidente chinês Liu Xiaobo – que está preso e ao receber o prêmio gerou desconforto nas autoridades chinesas.
A lista com os nomes dos candidatos e das organizações é mantida em segredo, seguindo as orientações do Instituto Nobel. Porém, integrantes do órgão informaram que a edição do prêmio 2011 foi influenciada pelos protestos nos países muçulmanos – principalmente na Tunísia e no Egito que levaram às saídas dos então presidentes Ben Ali e Hosni Mubarak.
O deputado norueguês Snorre Valen sugeriu a indicação do site WikiLeaks. O site, criado pelo australiano Julian Assange e especializado na publicação de informações sigilosas, trouxe à tona dados detalhados sobre denúncias de “corrupção, crimes de guerra e tortura”, segundo o parlamentar.
Houve indicação também da organização não governamental de defesa dos direitos humanos russa Memorial e uma das suas responsáveis Svetlana Gannuchkina. Segundo a sugestão, o organismo sob orientação de Svetlana contribui com os esforços na proteção das liberdades na Rússia.
A lista examinada pelo Instituto Nobel inclui ainda os nomes de dois norte-americanos e um britânico considerados os precursores da internet. São eles os norte-americanos Larry Roberts e Vint Cerf e o britânico Tim Berners-Lee.
Também estão na relação de candidatos o comando da União Europeia, o ex-chanceler alemão Helmut Kohl, a presidenta da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, o dissidente cubano Oswaldo Paya Sardinas, o médico do Congo Denis Mukwege e a militante afegã dos direitos humanos Sima Samar, entre outros.