Chávez rejeita intervenção internacional na Líbia

01/03/2011 - 7h10

Da Agência Lusa

Brasília - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rejeita a proposta de intervenção internacional para pressionar o presidente da Líbia, Muammar Khadafi, a deixar o poder. Chávez disse ontem (28) que invadir a Líbia é uma “catástrofe” e propôs a formação de uma comissão de países para dialogar com as partes em conflito. Para ele, os Estados Unidos pressionam pela saída de Khadafi por causa do petróleo existente em território líbio.

Durante cerimônia pública, Chávez acusou os Estados Unidos de estarem “loucos” pelo petróleo líbio e de “exagerar e distorcer” a realidade na Líbia. “Creio que estão loucos pelo petróleo líbio, isto poderá ser a maior das catástrofes",  afirmou.

O presidente venezuelano disse também que ao invés de uma invasão militar deve-se optar por uma solução negociada com Khadafi e os opositores. Ele informou que pretende conversar sobre essa proposta com os membros da Aliança Bolivariana para os Povos da América e com países da Europa.

A reação de Chávez vai em oposição ao que é defendido pela maior parte da comunidade internacional. Nos últimos dias, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou sanções à Líbia que proíbem a venda de armas ao país, determinam o congelamento dos bens de Khadafi e aliados, além da abertura no Tribunal Penal Internacional de investigações sobre as denúncias contra o líder líbio.