Pedro Peduzzi e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – A primeira viagem da presidenta Dilma Rousseff à Ásia, em abril, vai marcar a ampliação do Bric, grupo de países formado pelo Brasil, pela Rússia, Índia e China. Em 14 de abril, a África do Sul será formalmente integrada ao Bric. O ingresso dos sul-africanos será celebrado em sessões que contarão com as presenças dos presidentes dos cinco países, na cidade de Sanya, província de Hainan, na China. As informações foram confirmadas por diplomatas que acompanham o assunto.
No entanto, para o governo brasileiro, a África do Sul já é considerada integrante do Bric. Em 31 de dezembro de 2010, o Brasil divulgou nota oficial dando boas-vindas aos sul-africanos. A África do Sul e o Brasil ao lado da Índia são parceiros no Ibas, cujo objetivo é o desenvolvimento regional a partir de projetos comuns.
A viagem da presidenta Dilma Rousseff à China, nos dias 13, 14 e 15 de abril, também tem o objetivo de ampliar o mercado brasileiro na região, atendendo aos apelos do empresariado nacional. O setor quer evitar que os produtos chineses prejudiquem o mercado interno nacional. O aumento das exportações de minério de ferro e aço do Brasil para a China também está na pauta das negociações.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, afirmou que serão feitos esforços para reduzir o “desequilíbrio” dos efeitos das importações chinesas no mercado nacional. Segundo ele, há um superávit de mais de US$ 5 bilhões em favor do Brasil no comércio com a China.
O chanceler disse, ainda, que a visita da presidenta à China incluirá uma série de temas. “Será uma visita de Estado, que abordará questões bilaterais como comércio e investimentos, segurança e [questões] ambientais e globais”, afirmou.
A presidenta cumprirá a agenda por etapas: inicialmente com autoridades chinesas, depois com executivos chineses e, em seguida, com os integrantes do Bric.
Edição: Aécio Amado