Rio de Janeiro lidera estados com maior volume de financiamentos habitacionais da Caixa em 2010

11/02/2011 - 16h58

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Caixa Econômica Federal financiou no ano passado um total de 81.590 contratos habitacionais no estado do Rio de Janeiro, no valor de R$ 6,4 bilhões. De acordo com dados fornecidos hoje (11) à Agência Brasil pelo superintendente regional da Caixa em exercício no Rio de Janeiro, Plínio Magalhães Fonseca, 32.220 financiamentos, no total de R$ 1,8 bilhão, foram concedidos no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, destinado a quem ganha até dez salários mínimos.

A grande maioria dos financiamentos do Minha Casa, Minha Vida se deu com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), disse Plínio Fonseca. As contratações da Caixa com recursos do FGTS atingiram R$ 2,2 bilhões em 2010. Já as operações do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) alcançaram um volume de R$ 3,4 bilhões, beneficiando um total de 21.557 famílias, afirmou o superintendente em exercício.

Plínio Fonseca afirmou que no ranking nacional, o estado do Rio de Janeiro ocupa o primeiro lugar em financiamentos habitacionais concedidos. “O Rio de Janeiro sempre foi um campeão em financiamentos”.

A Caixa somou no ano passado, no Rio de Janeiro, 40 mil pontos de atendimento, englobando agências, rede lotérica, correspondentes bancários e salas de autoatendimento. As metas para 2011 dependem do orçamento da Caixa, ressaltou o superintendente.

Ele observou, entretanto, que em termos de financiamento à casa própria, a instituição vem dando saltos. “Se a gente pensar que, em 2003, a Caixa financiava R$ 5 bilhões e no ano que passou ela financiou R$ 77 bilhões, a gente deve esperar aí um incremento muito grande pra 2011”. Conforme anunciou a presidente da instituição, Maria Fernanda Coelho, a Caixa contabilizou em 2010 o maior investimento habitacional da história da instituição, da ordem de R$ 77,8 bilhões.

Em relação ao atendimento à população afetada pelas chuvas de janeiro na região serrana fluminense, Plínio Fonseca informou que ainda não há um balanço fechado das ações da Caixa. A expectativa é que em março próximo, a instituição comece a efetuar as contratações.

Ele disse que a Caixa está alinhada com os governos federal, estadual e municipais no atendimento às famílias que ficaram desabrigadas na região serrana. Em um primeiro momento, a ação conjunta objetiva identificar locais para construção de moradias. “Recursos já existem. A gente pretende produzir 6 mil unidades naquela região para minimizar o sofrimento daquelas famílias”.

Das 6 mil unidades que serão construídas, 2 mil serão doadas pelo empresariado da construção civil do estado. O valor dos imóveis dependerá de vários fatores, entre os quais o próprio terreno, afirmou. “O valor vai oscilar em função disso. Mas, o que a gente pode garantir é que as 6 mil unidades vão ser feitas”.

Os imóveis vão integrar o programa Minha Casa, Minha Vida e se destinam a famílias com renda mensal até três salários mínimos. Segundo Plínio Fonseca, o que a Caixa está buscando é fazer unidades na região serrana com valor máximo de R$ 48 mil.

 

Edição: Aécio Amado