Paulo Bernardo diz que governo vai massificar uso da internet até o fim da gestão Dilma

20/01/2011 - 20h36

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje (20) que o governo irá massificar o uso da internet no país até 2014. Para atingir o objetivo, Bernardo aposta no barateamento do Plano Nacional de Banda Larga, que está entrando em funcionamento no começo deste ano.

"A nossa ideia é massificar até o final do governo da presidenta Dilma o uso da internet”, disse, em debate na Campus Party, em São Paulo. “Até abril, fecharemos os acordos para baratear o preço da internet do plano. Uma das intenções é reduzir os impostos”.

Além de negociar com os estados a redução dos impostos do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o ministro ressaltou que trata com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para colocar na política industrial do país cortes de impostos sobre os computadores e tablets - dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à internet. “O governo está fazendo uma reavaliação do que tem em termos de política industrial, e inclusive com a questão tributária”.

De acordo com Bernardo, hoje o preço da conexão do Plano Nacional de Banda Larga está em R$ 35 com a aplicação do ICMS, e em pouco menos de R$ 30, nos estados que o isentarão do imposto. “Falei isso com vários secretários de Fazenda, alguns governadores disseram que topam negociar isso [reduzir o ICMS]”.

Hoje a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou a Telebras, vinculada ao Ministério das Comunicações, a operar a internet banda larga. Apesar de a licença permitir que a empresa forneça o acesso ao consumidor final, o ministro afirmou que a Telebras não deverá fazê-lo. “Essa não é a vocação da Telebras. Mas onde ninguém fizer [o acesso a banda larga], nós vamos fazer”.


Edição: Rivadavia Severo