Cruz Vermelha Internacional tenta retirar turistas retidos na Terra do Fogo

15/01/2011 - 12h37

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Cruz Vermelha Internacional está tentando evacuar, ainda hoje (15), mais de mil turistas que estão na Terra do Fogo, no lado chileno. Segundo o brasileiro Guilherme Miqueluteti, um dos 140 turistas brasileiros retidos na região por causa do bloqueio levantado por manifestantes contra o aumento do preço do gás, a Cruz Vermelha tentar organizar a saída de todos os turistas para as cidades de Punta Arenas, capital da Terra do Fogo, e El Calafate, na Argentina.

Segundo Miqueluteti, que está em Puerto Natales, os turistas foram alojaos em duas escolas e deixam seus seus nomes em listas para que possam ser retirados. “Coloquei meu nome numa lista na tentativa de sair daqui. Quero ir para El Calafate, minha passagem era em um vôo que sairia de lá”, afirmou. De acordo com Miqueluteti, a Cruz Vermelha está carimbando todos os passaportes para que os turistas possam deixar a Terra do Fogo.

O brasileiro informou que a Cruz Vermelha pretendia retira-los da região por volta do meio-dia (hora local). Miqueluteti disse que deve para a Argentina em um avião do Exército chileno.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro informou que está a par da situação dos brasileiros e que o cônsul honorário Mario Babaic é o responsável pela assistência a eles na região.

Autoridades chilenas afirmam que caso o bloqueio persista, pode haver  desabastecimento na região. De acordo com a secretária de Governo da Terra do Fogo, Eleonora de Maio, grande parte dos artigos de primeira necessidade e alimentos entram por via terrestre.

A onda de protestos e paralisações na Terra do Fogo começou quarta-feira (12), devido ao anúncio do aumento do preço do gás. Desde então, o comércio foi fechado e as estradas que dão acesso ao local foram bloqueadas.

Mais de mil veículos, entre carros, caminhões e ônibus, aguardam para entrar na região e mais de 300 estão impedidos de sair. Os manifestantes bloqueiam o acesso às balsas que ligam, por via marítima, a região ao restante do continente.

Edição: Nádia Franco