Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Condenada à morte no Irã sob a acusação de participação no assassinato do marido e infidelidade, a viúva Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, concedeu hoje (1º) entrevista coletiva na cidade de Tabriz. Segundo a rede estatal de televisão, Press TV, Sakineh foi autorizada a falar com a imprensa depois de se encontrar com o filho Sajjad Qaderzadeh.
Pela reportagem da Press TV, Sakineh disse negar que tenha sido coagida a admitir culpa e responsabilidade no assassinato do marido. A Justiça do Irã suspendeu temporariamente a sentença proferida contra a viúva e o caso dela está sendo avaliado.
Inicialmente, Sakineh foi condenada à morte por apedrejamento por infidelidade e participação no assassinato do marido. O advogado que a defendia fugiu do Irã alegando que ele e a família corriam risco de morte.
O caso gerou repercussões internacionais. Em setembro, Dilma criticou o governo Ahmadinejad ao discordar da sentença de morte dada à viúva iraniana de 43 anos. "Eu sou radicalmente contra o apedrejamento. Entendo que é uma coisa muito bárbara", disse Dilma.
Ao longo do processo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a libertação de Sakineh e ofereceu para ela ficar no Brasil. Em resposta, o governo iraniano, classificou o Brasil como "desinformado" sobre o caso.
Edição: Rivadavia Severo