Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A estatal venezuelana de petróleo PDVSA terá que aportar 40% do capital que já foi investido pela Petrobras e assumir 40% de uma dívida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para entrar efetivamente na sociedade da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. No total, a PDVSA terá que investir R$ 7,6 bilhões, sendo R$ 3,6 bilhões referentes ao empréstimo com o BNDES e R$ 4 bilhões referentes aos 40% dos R$ 10 bilhões que já foram investidos pela Petrobras na refinaria.
“Com essas duas ações, nós teremos condições de assinar os documentos que já estão acertados entre as partes para a constituição da empresa. Quando isso vai ser feito? Eu não tenho ideia. Isso depende de resolver esses dois impasses”, disse o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em coletiva na manhã de hoje (14).
Segundo Costa, a Petrobras continuará investindo na refinaria independentemente da sociedade com a PDVSA. “Essa é uma refinaria que a Petrobras e o Brasil precisam”, disse. Ao todo, a previsão de investimento é de US$ 13 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões) até o término das obras, que deve ser concluída no final de 2012.
De acordo com o diretor da empresa, se a estatal venezuelana não entrar na sociedade, não haverá necessidade de refinar petróleo da Venezuela, que tem um índice de enxofre mais alto que o óleo do Brasil. Com isso, será possível economizar até US$ 400 milhões (cerca de R$ 680 milhões), já que, nessa hipótese, não será preciso comprar um equipamento para reduzir o índice de enxofre do petróleo venezuelano.
Edição: Lílian Beraldo