Jobim, a marca de quem conhece os Três Poderes da República

08/12/2010 - 19h34

Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Convidado pela presidenta eleita, Dilma Rousseff, a permanecer no cargo de ministro da Defesa, Nelson Jobim assumiu o órgão em julho de 2007, durante o segundo mandato do presidente Lula, após a crise aérea. Filiado ao PMDB, Jobim não faz parte da lista de indicações do partido para a composição da equipe ministerial. Para o vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), a manutenção de Jobim na Defesa é considerada como da cota pessoal da presidenta eleita.

Gaúcho de Santa Maria, Jobim formou-se em direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1968. Após a formatura, dedicou-se ao exercício da advocacia até 1994. Na política, foi duas vezes deputado federal pelo Rio Grande do Sul (1987 e 1991).

Durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, foi relator-substituto na elaboração do Regimento Interno da Câmara Federal. Presidiu a Comissão de Constituição e Justiça em 1989. Foi relator da Comissão de Reestruturação da Câmara dos Deputados (1991), relator da comissão especial que tratou da denúncia contra o presidente da República, Fernando Collor, pela prática de crime de responsabilidade (1992) e relator da Revisão Constitucional (1993-1994).

Nelson Jobim foi ministro da Justiça, de janeiro de 1995 a abril de 1997, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), por decreto em abril de 1997, também integrou o Tribunal Superior Eleitoral como juiz substituto (STF) e, em 2004, presidiu STF, porém aposentou-se voluntariamente pouco antes do término de seu mandato de presidente da Corte.

Edição: Aécio Amado