Temporão revela que se encontrou com equipe de transição, mas evita falar em permanecer no cargo

03/12/2010 - 14h27

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Depois de a presidenta eleita, Dilma Rousseff, descartar a indicação do secretário de Saúde do estado do Rio, Sérgio Côrtes, para o ministério da Saúde, o atual ministro da pasta, José Gomes Temporão, disse hoje (3) que está à disposição do governo de transição.

"A questão da composição do governo é da presidenta [Dilma]. O que falei para ela, em vários momentos, é da minha disposição de ajudar com ideias, sugestões e propostas", afirmou o ministro, ao contar que participou esta semana de uma reunião com a equipe de transição.

Perguntado se poderia permanecer no cargo, Temporão evitou polêmicas. "Essa é uma outra questão, que envolve questões partidárias, como ela [presidenta Dilma] vai fechar o governo... E quatro anos no governo Lula já me deixam muito honrado".

Durante inauguração do banco de células do Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial (Inmetro), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o ministro também fez um balanço do período em que esteve à frente da pasta e avaliou que o desafio do próximo governo será resolver o binômio gestão-financiamento.

"Não tem jeito. Vamos ter que usar melhor os recursos disponíveis, com mais eficiência, qualidade e fazer um grande debate nacional sobre a sustentabilidade financeira do SUS [Sistema Único de Saúde]".

Temporão destacou a ampliação do Programa Saúde da Família que, com 32 mil equipes de profissionais de saúde, atendem a 110 milhões de pessoas, e do programa de atenção bucal, Brasil Sorridente, com 80 milhões de pacientes atendidos por 17 mil equipes.

Além disso, ele lembrou que, nos último anos, o país quadruplicou o número de transplantes, facilitou o acesso a medicamentos e incluiu quatro vacinas nos programas de imunização.

Edição: Vinicius Doria