Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Ministério Público de São Paulo, a Corregedoria do Estado e o Metrô vão investigar as denúncias de irregularidades na licitação dos lotes 3 a 8 da Linha 5-Lilás, afirmou hoje (27) o governador de São Paulo, Alberto Goldman.

O governador de São Paulo determinou ontem (26) que as ordens de serviços dos contratos com as empresas vencedoras da licitação não sejam assinadas até que as investigações sejam concluídas.

O governador disse acreditar que a possível irregularidade tenha sido cometida pelas empresas vencedoras da licitação.“Se houve algum tipo de acordo, esse acordo se deu entre eles [vencedores da licitação] e isso é o que vai ser verificado na investigação”, afirmou, ressaltando ter a convicção de que não houve participação ou responsabilidade de agentes públicos no processo.

De acordo com Goldman, esse possível problema na licitação pode atrasar as obras. “Estamos de fato apressados. Queremos fazer isso o mais rápido possível, já temos os recursos disponíveis e os empréstimos já estão à nossa disposição. Portanto, estamos tendo prejuízo mas, infelizmente, não podemos passar por cima de uma legislação que nos obriga a fazer uma licitação que deve ser feita com todas as condições de legalidade e legitimidade”.

Em nota divulgada hoje, o Metrô negou ter participação em qualquer esquema de direcionamento da licitação. “Em nenhum momento houve acusação, indício ou suposição de direcionamento da licitação, ou ainda do envolvimento de funcionários do Metrô e da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, no material apresentado pelo jornal Folha de S.Paulo”.

Atualmente, a Linha 5-Lilás do Metrô opera da Estação Capão Redondo ao Largo Treze. Segundo o Metrô, a extensão da linha ligará a Estação Largo Treze à Chácara Klabin, na Linha 2-Verde. Serão aproximadamente 20 quilômetros de trilhos e 17 estações.

Edição: Rivadavia Severo