Relação sexual desprotegida com suspeita de contato com vírus HIV dá direito a coquetel antiaids

05/10/2010 - 21h09

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Quem mantiver relação sexual sem camisinha e suspeitar que o parceiro possa ter o vírus da aids poderá tomar antirretrovirais na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é uma das recomendações de um documento do Ministério da Saúde para orientar médicos e profissionais de saúde em casos de risco de infecção pelo vírus HIV.

De acordo com documento lançado pelo Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais, a aplicação dos medicamentos antiaids é um procedimento para situações excepcionais, como, por exemplo, quando a camisinha se rompe durante a relação sexual e um dos parceiros não sabe se tem a doença.

O pós-coquetel antiaids já é usado nos casos de violência sexual. A pessoa deve procurar os serviços de Atendimento Especializado (SAE) ou a emergência para receber os remédios, até 72 horas após a relação sexual. O paciente deverá passar pelo teste de aids 30 dias depois do ocorrido.

O documento traz ainda orientações para os médicos lidarem com um casal soropositivo ou no caso de um dos parceiros ser portador da doença e o casal querer ter filhos. De 2008 a 2009, 6 mil mulheres com aids ficaram grávidas no Brasil. O objetivo é adotar medidas para reduzir o risco de infecção do outro parceiro e a transmissão do vírus de mãe para filho. O casal pode optar pelo método natural ou inseminação artificial.

Edição: Lana Cristina