Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério da Defesa Nacional do México confirmou a prisão de Angel Fernandez de Lara Jose Diaz, conhecido como El Pelon, um dos líderes do cartel de narcotráfico e tráfico de pessoas Los Zetas. El Pelon é acusado de ser o mandante do massacre que ocorreu no mês passado, em um bar, na região turística de Cancún. Também foi detido Jorge Alberto Hernandes, que atende pelos apelidos de O Gordo ou O Conta. Ele é o responsável pela contabilidade e pelas atividades administrativas de Los Zetas.
As informações são do Ministério da Defesa Nacional do México. As prisões ocorreram na sexta-feira (24) por militares na região Quintana Roo, em Cancún. Com El Pelon e O Gordo estavam três fuzis, US$ 36 mil e 1,3 milhão de pesos embalados a vácuo, além de computadores, aparelhos celulares e quatro carros.
El Pelon é acusado de comandar, no último dia 31, um ataque e posterior incêndio no Bar Castelo do Mar, em Cancún, porque o dono do local se recusou a pagar a taxa de extorsão imposta pelo grupo Los Zetas.
A Polícia informou que, em junho, El Pelon foi designado pelo chefe de Los Zetas, Heriberto Lazcano-Lazcano, conhecido como A Lazca, para novas responsabilidades. Ficaram a cargo de El Pelon o comando do tráfico de drogas, de contrabando de estrangeiros, e sequestros no Quintana Roo, em Cancún.
El Pelon, de acordo com as investigações, conseguiu aumentar a arrecadação de Los Zetas por meio de mais extorsão de boates, bares, restaurantes, cassinos, spas e empresários do turismo. Com isso, aumentou o poder do grupo em comparação com o seu principal adversário, o Golfo. A disputa entre os dois cartéis agravou a onda de violência em vários estados do México.
Em 22 de agosto, um grupo de 72 imigrantes, inclusive quatro brasileiros, foi barbaramente assassinado na região de Tamaulipas perto da cidade de San Fernando. O massacre, que envolveu fuzilamento coletivo de homens, mulheres e crianças, foi atribuído a Los Zetas. As autoridades mexicanas prenderam vários suspeitos e o crime ainda está sob investigação.
Edição: Juliana Andrade