Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Às vésperas de mais uma reunião para consolidar o acordo de paz entre a Venezuela e a Colômbia, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse hoje (19) que os dois governos devem desenvolver “um processo lento para ser seguro”. Amanhã (20) os chanceleres de ambos os países se reúnem em Caracas (Venezuela) para definir a composição das subcomissões que cuidarão dos temas considerados prioritários.

Em um comunicado, na sede da Presidência da República, Santos reiterou que há esforços para garantir a tranquilidade e o bom relacionamento entre a Venezuela e a Colômbia. “O que queremos é estabelecer as bases sólidas para as relações com a Venezuela estão resistindo”.

No começo deste mês, em Santa Marta, na Venezuela, Santos e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, firmaram um acordo encerrando o impasse que começou em junho. Na época, o então presidente colombiano, Alvaro Uribe, denunciou a existência de guerrilheiros das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército da Libertação Nacional (ELN) em território venezuelano. Chávez negou proteger os guerrilheiros e rompeu as relações diplomáticas com a Colômbia.

Desde então, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros líderes da região entraram em ação para evitar o agravamento da crise. Santos e Chávez definiram que para estabelecer a tranquilidade na região fronteiriça devem ser executadas ações específicas nas áreas de cooperação econômica, comercial, segurança e infraestrutura. Subcomissões dos dois países vão elaborar estas operações.   

A Colômbia envia para a Venezuela uma equipe liderada pela ministra das Relações Exteriores, Maria Angela Holguín. Mas também participam do grupo os ministros do Comércio, Indústria e Turismo, Sergio Diaz-Granados, dos Transportes, Germain Cardona, da Defesa Rodrigo Rivera, e do diretor nacional de Planejamento, Hernando José Gómez.
 

Edição: Rivadavia Severo