Luiz Antônio Alves
Correspondente da Agência Brasil na Argentina
Buenos Aires - O secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Néstor Kirchner, manifestou hoje (12) "enérgico repúdio" da entidade à explosão de um carro-bomba no centro financeiro de Bogotá, capital colombiana. O governo de Juan Manuel Santos, empossado no cargo há menos de uma semana, classificou a explosão como um atentado terrorista.
Kirchner afirmou que a Unasul "expressa apoio e solidariedade a todo o povo colombiano e ao presidente Santos", manifestando a intenção e o empenho dos 12 países que formam a entidade - Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela - de "trabalhar para a manutenção e permanência da paz regional".
Na tarde de hoje, o Ministério das Relações Exteriores da Argentina, por meio de comunicado, afirmou que o governo de Cristina Kirchner condena o atentado, "uma ação de caráter intimidatório contra as iniciativas anunciados pelo presidente colombiano para promover a paz e a estabilidade no país e na região". Ainda segundo a nota da Chancelaria, "o governo argentino rechaça de maneira categórica atos terroristas, que não podem deter a vontade democrática e pacífica das nações da América do Sul".
Em Bogotá, o presidente Juan Manuel Santos disse que atos terroristas são realizados para gerar medo entre a população e também para criar ceticismo e dúvida sobre as autoridades legalmente constituídas. "Isso eles não vão conseguir", disse o presidente, ao visitar o local onde o carro-bomba explodiu. "Pelo contrário, não podemos baixar a guarda em relação à segurança democrática".
O carro-bomba explodiu diante da sede da Rádio Caracol, uma das principais emissoras da Colômbia. No momento da explosão, a rádio apresentava seu noticiário matutino. O teto do estúdio desmoronou e a emissora foi imediatamente evacuada. O atentado deixou nove pessoas feridas por estilhaços de vidro e provocou estragos materiais em vários prédios. O comandante da Polícia Metropolitana de Bogotá, general César Pinzón, informou à imprensa que o carro-bomba continha 50 quilos de explosivos. Até o momento, ninguém assumiu a responsabilidade pelo atentado.
Edição: Aécio Amado