Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os poucos funcionários do Ministério da Fazenda que quiseram falar após a derrota do Brasil por 2 a 1 para Holanda mostraram um misto de tristeza e decepção. Eles assistiram ao jogo em um telão instalado no auditório do prédio principal e boa parte esperou até o último minuto por um milagre que não veio. "Na verdade, foi um confronto de duas potências do futebol. O Brasil não deixou a desejar e o que mais ficou ruim para o Brasil foi a situação do Felipe Melo, que foi expulso”, lamentou Sírio Rocha, da brigada de incêndio do Ministério da Fazenda.
Não foram só os funcionários que mostraram indignação com a derrota do Brasil. O guardador de carros do estacionamento do ministério Valdo Gomes de Oliveira criticou a seleção de Dunga por não ter feito o que se esperava dela. “Existe uma hora que é preciso separar homens de meninos e isso foi provado agora. Mas não se pode culpar apenas o Dunga. De qualquer forma, bola pra frente e até 2014”, disse.
A telefonista Raquel Mara de Oliveria não assistiu ao jogo, mas mostrou tristeza com a derrota do Brasil. Mesmo sentimento de Tatiana Alves dos Santos, auxiliar de serviços gerais, que trabalha em uma agência bancária no térreo no ministério. “No primeiro tempo, jogaram bastante. Mas não achei muito bom, não no segundo tempo”, disse. Ele reclama que Dunga não fez as substituição necessárias no momento certo.
O garçom Marcelo Eufrásio tomava sol do lado de fora do prédio após o jogo, aproveitando o belo dia de inverno em Brasília, já que o expediente só seria retomado às 14h30. E, nessa época do ano, faz frio na Esplanada dos Ministérios, principalmente para quem está dentro dos prédios projetados por Oscar Niemeyer. Na avaliação do garçom, não foi um vitória da Holanda. “O Brasil perdeu para ele mesmo. O Dunga fez o que podia e não pode fazer milagre. Eu já estava com a pulga atrás da orelha porque o Brasil vinha vacilando.”
Edição: Vinicius Doria