Vendedores ambulantes temem eliminação precoce da África do Sul da Copa

19/06/2010 - 15h32

Vinicius Konchinski
Enviado especial

Joanesburgo – A Copa do Mundo significa para muitos sul-africanos uma oportunidade de trabalho, mesmo que precário. Com mais de 25% da população oficialmente desempegada, centenas de pessoas sem uma ocupação formal aproveitam o campeonato para vender bandeiras, vuvuzelas ou enfeites para carros em semáforos de cidades como Joanesburgo.

Nestes locais, os vendedores ganham até mil rands (cerca de R$ 235) em dias de bom movimento. Entretanto, a possível eliminação da África do Sul na primeira fase da Copa pode pôr em risco o faturamento desses comerciantes.

“Em dias de jogos de outras seleções, não vendemos quase nada”, disse Peter Chex, que trabalha em das avenidas que dá acesso ao estádio Soccer City. “Os estrangeiros que vieram à África do Sul não compram bandeiras nem enfeites”.

Raymound Mbewe também está preocupado. Ele vende bandeiras em semáforos de vias de acesso a estádios da Copa em Joanesburgo. Para ele, a eliminação da seleção dos Bafana Bafana representa o desemprego. “Sou do Zimbábue e não tenho visto de trabalho”, afirmou. “Se a África do Sul for eliminada, não terei mais o que fazer”.
 


Edição: Rivadavia Severo