Renata Giraldi
Repórter Agência Brasil
Brasília – No Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) anunciou que há cerca de 215 milhões de crianças e adolescentes trabalhadores no mundo. A situação mais grave, segundo a organização, envolve jovens de 15 a 17 anos. Nesta faixa etária houve o aumento de 20% das atividades. A África lidera o ranking dos continentes com os maiores percentuais. Para reduzir os números até 2016, o diretor-geral da OIT, Juan Somavia, pediu hoje (12) que todos os países redobrem seus esforços.
As informações são do site da Organização das Nações Unidas (ONU). “Ainda há cerca de 215 milhões de crianças trabalhadoras no mundo sendo que a maioria em atividades perigosas. Essas crianças estão trabalhando muito em vez de estarem estudando, brincando ou acompanhando os jogos da Copa do Mundo, mesmo que à distância”, disse Somavia. “Precisamos aperfeiçoar o nosso foco na meta de erradicação do trabalho infantil e eliminado suas piores formas até 2016".
De acordo com um relatório recente publicado pela OIT, os dados mais alarmantes se concentram entre os jovens de 15 a 17 anos. Segundo o documento, houve um aumento de 20% entre os que atuam no mercado de trabalho e estão nesta faixa etária. A situação é mais grave na África onde as estimativas apontam para um aumento nos últimos quatro anos.
O relatório mostra que houve redução de 10% das atividades praticadas entre as crianças com idade de 5 a 14 anos. O percentual de crianças, na mesma faixa etária, que trabalhavam em atividades perigosas também diminuiu 31%. Dados mostram ainda que houve redução de 15% no número de meninas no trabalho.
Edição: Aécio Amado