Vendas da Fashion Rio para o próximo verão devem superar salão de negócios do outono/inverno

31/05/2010 - 19h11

 

 

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro – O Rio-à-Porter, salão de negócios da moda fluminense, deve superar os US$ 18 milhões comercializados na última edição outono/inverno, em janeiro. O evento, que ocorre em paralelo à edição de verão da Fashion Rio, termina amanhã (1º). São 250 expositores, cujos produtos estão à mostra no Porto do Rio de Janeiro.

 

Para atrair compradores internacionais, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) fez parceria com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil).

 

Segundo o gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Firjan, João Paulo Alcântara, foram convidados para participar do evento 20 compradores estrangeiros, dos quais a metade compareceu pela primeira vez nesta edição. O restante já havia estabelecido canais de comercialização com expositores e está renovando seus pedidos.

 

“A percepção que a gente está tendo é que o volume de negócios, por operação, tem sido maior. Parece que se estabeleceu uma relação de mais confiança e de robustez nos negócios. Isso é bom”, avaliou Alcântara. Os compradores convidados são dos Estados Unidos, da Itália, Inglaterra, Austrália, Espanha, Irlanda, Grécia, Holanda, Rússia, África do Sul, do Canadá, Líbano e de Portugal.

 

A estratégia de fazer com que os possíveis compradores conheçam o Rio-à-Porter e, assim,o evento entrar no calendário anual dos empresários, tem funcionado. O empresário espanhol Jaime Sanchez, por exemplo, é um comprador habitual. Ele elogia a qualidade e o design da moda fluminense. Ele atua há 35 anos no ramo e sua empresa trabalha com confecções da França e Itália. Para Sanchez, as coleções do Rio apresentam “cores perfeitas para um país de muito sol, como a Espanha”, cujos habitantes “gostam de viver na rua”.

 

De acordo com o empresário espanhol, as coleções europeias são muito repetitivas, o que não ocorre no Brasil e no Rio de Janeiro em especial. Sanchez lamentou não ter fechado tantos negócios quanto pretendia, o que ocorreu, segundo ele, em consequência da crise financeira mundial.

 

Na edição passada para venda das peças de verão do Rio-à-Porter, foram fechados negócios com investidores estrangeiros no valor de US$ 16,3 milhões.

 

 

Edição: Lana Cristina