Adidos agrícolas assumem postos até a próxima semana

31/05/2010 - 16h49

Danilo Macedo

Repórter da Agência Brasil

 

 

Brasília - Até o final da próxima semana, os primeiros adidos agrícolas brasileiros assumem seus postos nas oito embaixadas definidas pelo governo brasileiro. O primeiro deles começa hoje (31), na Embaixada de Bruxelas, na Bélgica, a acompanhar as relações bilaterais com países da União Europeia, principal importador dos produtos agropecuários brasileiros.

Os outros sete adidos agrícolas trabalharão nas embaixadas brasileiras em Pequim, na China; Genebra, na Suíça; Buenos Aires, na Argentina; Moscou, na Rússia; Pretória, na África do Sul; Tóquio, no Japão e Washington, nos Estados Unidos. Genebra foi escolhida por ser sede da Organização Mundial do Comércio (OMC) e de outros organismos multilaterais. Os demais locais foram definidos por serem os principais importadores do agronegócio brasileiro.

Além de defender os interesses do Brasil em cada país, os adidos agrícolas terão o papel de identificar oportunidades de exportação para produtos nacionais, observou o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto. “Os adidos agrícolas vão ajudar o governo brasileiro nas questões de abertura e manutenção de mercados, corrigindo e antecipando eventuais problemas.”

A criação do posto de adido agrícola era pleiteada havia muitos anos pelo Ministério da Agricultura e se tornou uma prioridade após o embargo europeu à carne bovina brasileira, no início de 2008. O país teve que reestruturar seu modelo de rastreabilidade (que identifica a origem dos animais) e recebeu várias missões estrangeiras, muitas delas por duvidar que o gado nacional era criado solto em pastos, dos quais se alimenta.

Cada adido agrícola deve ficar em missão por pelo menos dois anos. A seleção dos profissionais começou em setembro do ano passado e contou com a inscrição de 195 funcionários de carreira do Ministério da Agricultura e de órgãos vinculados, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

 

 

Edição: Lílian Beraldo