OMS diz que 6 milhões de pessoas conseguiram sobreviver à tuberculose

19/05/2010 - 19h33

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - Pelo menos 6 milhões de pessoas escaparam da morte em decorrência da tuberculose no mundo, no período de 1995 a 2008. A conclusão é de um estudo elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado hoje (19) na revista médica britânica The Lancet. Porém, o estudo mostra que cerca de 2 milhões de pessoas ainda morrem anualmente da doença.

Pelos dados, nove em cada dez casos poderiam ser evitados até 2050, se houvesse um melhor diagnóstico, além de mais medicamentos e vacinas. Mas a doença avança na Rússia e nos países da África e Ásia. Na tentativa de contê-la e evitar as mortes, a OMS propõe a realização de diagnósticos precoces e atenção redobrada das autoridades para a doença.

"Para acelerar a redução da doença, estamos propondo um aumento do diagnóstico precoce, elevando ainda a proteção social e suprimindo os obstáculos financeiros ao acesso e ao tratamento, com cuidados direcionados aos grupos vulneráveis nas comunidades, além de promover e reforçar a investigação médica”, afirmou o diretor do departamento especializado da tuberculose da OMS Mario Raviglione.

O bacilo da tuberculose pode afetar diferentes áreas do corpo, mas a mais frequente é a pulmonar. A doença se espalha quando as pessoas tossem, espirram e conversam. Mas a transmissão só ocorre quando há a tuberculose infecciosa ativa - e não de quem tem a doença latente. O risco de transmissão depende do grau de infecção da pessoa.

Especialistas afirmam que o processo de transmissão pode ser interrompido a partir do isolamento dos pacientes com a doença ativa e do início do tratamento antituberculose. Um dos métodos eficientes para a prevenção da doença é a imunização. A vacina BCG pode garantir até 80% de proteção.
 

 

Edição: Lílian Beraldo