Alana Gandra

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) vai reavaliar sua atuação na área dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), aglomerações de empresas ou produtores em uma mesma região e que apresentam especialização produtiva e vínculos de cooperação e aprendizagem. Isso será feito a partir do diagnóstico traçado pela pesquisa Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais (APLs), disse hoje (18) à Agência Brasil o diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.

Financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a pesquisa foi divulgada hoje durante seminário promovido pela instituição em sua sede, no centro da capital fluminense. O estudo envolveu quase 200 pesquisadores de universidades de 22 estados que integram a Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais (RedeSist).

“O Sistema Sebrae está envolvido em todas as iniciativas de arranjo produtivo no país desde alguns anos. E ao longo desse período, nós temos constantemente reavaliado a atuação, porque o fomento a pequenos negócios em um contexto coletivo tem algo que se assemelha a uma espiral, na qual as melhores práticas vão alimentando e retroalimentando outras práticas boas”, afirmou.

Santos destacou que as ações empreendidas com sinergia e de forma complementar possibilitam avanços significativos tanto na gestão da empresa individualmente, como das ações coletivas. Isso contribui para aumentar a competitividade.

O direcionamento estratégico do Sebrae, em 2010, prevê a implementação da Lei Geral de Microempresas nos municípios brasileiros, além da formalização do empreendedor individual. “São 1.700 cidades com a Lei Geral e um milhão de empreendedores formalizados até 31 de dezembro”. Para Santos, o ambiente das APLs é fértil para dar escala e capilaridade aos pequenos negócios.

Edição: Aécio Amado