Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse hoje (18) que o governo não abrirá mão da urgência constitucional e da votação dos projetos sobre o pré-sal antes do Projeto Ficha Limpa no Senado. “Os senadores precisam limpar a pauta do Senado para depois votar o Ficha Limpa e outros projetos de interesse que virão”, afirmou o ministro.
Padilha disse ainda que confia na maioria do governo e que tem conversado com os senadores da base aliada para garantir que eles votem unidos nesses projetos. Padilha replicou a ideia sugerida pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) de que os senadores têm autonomia para escolher a ordem de votação dos projetos, podendo votar o Ficha Limpa em sessão extraordinária antes dos projetos do pré-sal.
“Os senadores têm que cumprir o regimento da Casa. Existe uma regra constitucional que estabelece que medida provisória tranca a pauta. Então votem as medidas provisórias, assim como o pré-sal”.
Sobre o reajuste de 7,7% para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo, Padilha disse que “o governo não vai permitir que nenhum crime eleitoral comprometa as contas do país”. No entanto, hoje o líder do governo e relator da matéria, Romero Jucá (PMDB-RR), admitiu que manterá o índice aprovado pela Câmara, promovendo alterações apenas no que se refere ao fim do fator previdenciário.
Diante do quadro, Padilha evitou falar em veto presidencial para o reajuste. “O jogo está sendo jogado ainda. O líder do governo está conversando e montando seu relatório. Quando for aprovado no Senado, vai voltar para a Câmara e depois quando estiver novamente na mão do presidente nós vamos analisar a situação. Mas nós não vamos comprometer as contas do país”. Padilha reafirmou que o limite do governo de 7% para o reajuste foi comunicado à Câmara e ao Senado.
Edição: Rivadavia Severo