Um dos acusados da chacina do presídio Urso Branco é absolvido

12/05/2010 - 19h02

 

 

Da Agência Brasil

 

Brasília – O julgamento de três acusados de participação da chacina de 27 detentos em 2002, no Presídio Urso Branco, em Porto Velho (RO), terminou com um réu absolvido e dois condenados. Cirço Santana da Silva, o Cirção, foi inocentado. Alexandre Farias, o Carioca, e Assis Santana da Frota, conhecido como Assis, foram considerados culpados.

 

O Ministério Público de Rondônia analisa se vai recorrer da decisão que inocentou Cirção. Carioca e Assis tiveram a pena base definida em 16 anos. Multiplicado pelo número de vítimas, a condenação resultou em 432 anos de prisão em regime fechado.

 

Até o fim deste mês os demais 11 acusados também serão julgados. Na última quinta-feira (6), os primeiros dois réus a irem a julgamento foram considerados culpados. Michel Alves das Chagas e Anselmo Garcia de Almeida foram condenados a 486 anos e 445 anos de prisão, respectivamente.

 

A chacina de Urso Branco é considerada o maior assassinato coletivo de presos do país depois do Massacre do Carandiru, em 1992, onde 111 presos morreram durante invasão da Polícia Militar para acabar com uma rebelião. As mortes em Urso Branco ganharam repercussão internacional pela brutalidade, que envolveu até decapitação, choque elétrico e enforcamento.

 

 

Edição: Aécio Amado