Presidente da Telebras quer concorrência entre empresas do setor

12/05/2010 - 15h08

Pedro Peduzzi

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília – Ao ter seu nome aprovado hoje (12) pelo Conselho Administrativo da Telebras, Rogério Santanna dos Santos já passa a responder pela estatal, responsável pelo gerenciamento do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), lançado na semana passada. Na primeira entrevista coletiva, ele apontou como prioridade o estímulo à concorrência entre as empresas do setor de telecomunicações.

 

Santanna disse acreditar que, em dois meses, a Telebras se torne operativa e que, até outubro, lance editais de contratação. “Nossa tarefa é tornar a Telebras transparente, moderna, enxuta e capaz de promover inovação, trazendo concorrência onde não há e levando a internet aonde ninguém queria levar”, disse ele durante a reunião com o conselho da empresa.

 

“O desafio do século 21 é construir novas estradas para que o comércio eletrônico se estabeleça. E temos ativos humanos e de capital para que isso aconteça”, acrescentou.

Este é o “desafio do nosso tempo”, ressaltou Santanna. Para ele, a importância da retomada da Telebras pode ser constatada pelo fato de haver atualmente mais de 16 países fazendo planos nacionais de banda larga.

Santanna prevê que a estatal esteja em condições operativas no prazo de dois meses e que até outubro sejam lançados os editais de contratação visando a fechar os anéis de backbones – que são o núcleo principal da rede, constituído de fibras óticas – das regiões Nordeste e Sudeste.

“Para fecharmos esses anéis, será necessário dimensionar o backbone existente e escolher as cidades que serão atendidas inicialmente. As mais próximas a eles terão mais chance de serem beneficiadas num primeiro momento”, disse.

“Faremos um levantamento de campo das 15 capitais previstas pelo PNBL e identificaremos as localidades onde implantaremos a internet por fibra ótica ou por rádio. A preferência é pelas fibras, mas o rádio é uma alternativa para chegarmos de forma rápida às regiões [não alcançadas pelas fibras óticas]”, informou.

Ele estima que existam 122 cidades com potencialidade digital. “Faremos um ajuste fino para identificar a melhor tecnologia para as localidades e as estruturas disponíveis. Claro que depois as feitas via rádio poderão ser substituídas por fibras.”

A missão de implementar o Plano Nacional de Banda larga é elevar o número de domicílios com internet dos atuais 15 milhões para 35 milhões.

 

Edição: Nádia Franco